2 de jul. de 2009

CONAPIR 2009 - O Hip-Hop bem representado.

O Hip Hop na II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial

O Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, foi palco da IIª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. No evento, que aconteceu entre os dias 25 e 28 de junho, com a proposta de discutir aspectos étnico-raciais, o Hip-Hop marcou presença na noite de sexta-feira, 26.



As apresentações da cultura de rua tiveram início com o grupo BSB Girls, formado por garotas, demonstraram bastante domínio do break dance, além de bom gosto na escolha das trilhas para sua performance. Footworks, power movies, freezes entre outros passos da dança de rua foram bem executados pelas b-girls do DF, chamaram bastante a atenção do público e representaram a importância deste elemento do Hip-Hop.



Logo após as garotas deixarem o palco, sem muita demora, já se pôde ouvir"Versu2 está em casa!". A frase proferida por um dos MC’s do grupo baiano soou como um anúncio do que viria a acontecer durante sua apresentação. A energia em cima do palco brasiliense foi intensa durante toda apresentação daVersu2, como se os integrantes realmente estivessem tocando em casa. Emendando uma música na outra, tocaram sons que estarão no disco a ser lançado em breve, inclusive a excelente e suingada “Que som é este, man?”, que já foi disponibilizada pelo grupo em seu myspace. Ainda houve espaço para as participações dos jovens conterrâneos do grupo Nova Saga e do ilustreKamaphew Tawá.


Em seguida, GOG e sua grande banda sobem ao palco, munidos de música boa e discursos contundentes. Os músicos que acompanham o poeta realmente contribuem bastante para o alto nível de qualidade de suas apresentações. Entre as pedradas que foram executadas, a genial “Brasil com P” e “Quando o pai se vai”. Nesta, emocionou com palavras de homenagem a Michael Jackson. Entre as muitas idéias produtivas disparadas por GOG ao microfone, vale destacar a sentença dada entre uma das músicas: “A juventude negra brasileira jamais será a mesma depois da chegada do Hip Hop”.



O relógio estava próximo das 23 horas quando o DJ CIA discotecava hits da banca/selo Cosa Nostra, aumentando a expectativa para o próximo show. Com graves desinibidos de bases pesadas, Mano Browniniciou seu show, dessa vez com formação de palco diferente do que costumamos ver com os Racionais MC’s e a Big Band Bang Johnson. Acompanhando o MC do Capão, estavam Dom Pixote (Rosana Bronx) eRappin Hood, além do DJ CIA. Como o próprio Brown destacou, “essa formação tática vocês nunca viram”. Os três rappers levantaram o público com músicas não tão conhecidas do grande público e clássicos do rap nacional como “Jesus Chorou” e “Vida Loca (parte I e II)”. Em clima descontraído na maior parte do tempo e interagindo com o público, Brown ainda disparou “A Mente do Vilão” e “Mulher Elétrica”, sons que já são hits nas ruas do país.



Noite de celebração para o Hip-Hop, que num evento de grande porte e que tratou de um tema tão pertinente às rimas, muros grafitados, rodas de break e colagens de DJ’s, foi muito bem representado pelos artistas que mantiveram a imagem positiva da cultura para os que estavam presentes.



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