25 de fev. de 2009

13 volts na cena do Hip Hop


O grupo 13 Volts, formado há seis anos na zona norte de Sorocaba, lançou em 2006, o álbum “Saio do Gueto Sou Suspeito”, seu primeiro trabalho de forma independente. Segundo os integrantes, o objetivo do 13 Volts “é curtir e cantar o RAP brasileiro sem perder suas raízes, que costumam abordar o cotidiano da periferia”.


Formado por DJ Subrinho, Bruxo SR, Seco e Márcio Brown. O grupo 13 Volts surge do fim dos grupos Fora do Crime, Sistem Rap, Alvos do Sistema e Custo Fatal que, decidiram formar o 13 Volts por terem objetivos semelhantes com a música da Cultura Hip Hop.


Participaram em mostra não competitiva como Votobandas e ao mesmo palco com Sabotage, Racionais MCs, Consciência Humana, Expressão Ativa, Ao Cubo, DBS e a Quadrilha, RZO, X da Questão, X4 e Impacto, nas cidades de São Paulo, Itapetininga, Itapeva, Votorantim, Itu, Porto Feliz e Indaiatuba.


Com letras próprias e tem o titulo “Saio do Gueto Sou Suspeito” o CD tem a produção de Bruxo SR e Mixagem do DJ Silvio Muller que assina também um remix da musica Só Somzera. O CD foi feito com recursos próprios e produção totalmente independente e tem a participação do grupo Itinerário de Sorocaba.


No ano de 2008, participam da gravação do DVD coletânea ao vivo União do Sudoeste, com participação de grupos de Campinas, Ribeirão Preto, Itapeva, Apiai e Sorocaba, gravado na cidade de Itapeva.


Estão em fase de produção preparando a gravação do primeiro vídeo-clipe do CD com a musica “Paixão Estranha” com muitas participações locais, e já iniciaram as gravações do novo CD previsto para 2009.


Breve muitas novidades e shows do grupo 13 volts

contatos para show: (15) 9128-1534 - 9701-5900

bruxosr13@hotmail.com


Video do ensaio do grupo 13 volts


Dr. Dre lança linha de fones de ouvido

Beats by Dr. Dre

O rapper e produtor musical Dr. Dre, a Monster Cable e o designer Robert Brunner estão lançando os fones de ouvido “Beats by Dr. Dre”, que conseguem reproduzir graves como nenhum outro. Eles foram criados especialmente para quem quer ouvir música com qualidade de estúdio, e estão sendo desenvolvidos há mais de 2 anos.

Os fones de ouvido “Beats by Dr. Dre” representam a qualidade e tecnologia da Monster Cable, mas definitivamente não são para qualquer um, já que o preço sugerido é de 400 Dólares.

[+] Clique e acesse o site da Beats by Dr. Dre

Duck Jam: a química - Pré-retorno

Duck Jam e Cortecertu

Na próxima terça-feira, dia 3 de março, o leitor vai conferir uma entrevista exclusiva com o grupo Duck Jam (na foto com DJ Cortecertu). Nela, os integrantes de um dos grupos pioneiros do Rap Nacional falam sobre o cenário do Hip-Hop, música, política e sobre o seu retorno na cena.


"Pensamos em voltar. No final dos anos 90, tínhamos um CD praticamente cheio e o grupo estava com uma formação reduzida, mas resolvemos parar. O Neno estava meio injuriado com a cena, em determinado momento da produção, ele nos disse que pra ele não daria mais. Mesmo assim, a gente fez um trampo, os integrantes eram DJ Pato, Nidas e o Nego Jam. Fizemos um trampo independente, no entanto acabou não dando certo.


Foram vários os motivos que nos fizeram desanimar, a mesmice da cena, a falta de criatividade e um mesmo estilo dominando a produção do Rap em São Paulo. Isso tudo aconteceu entre 2000 e 2001, quando a gente lançou “Colarinho Branco – Versão 2000”, um remix de um grande sucesso do grupo.


Foi uma época conturbada, nós dividíamos o tempo entre o trabalho e a música. A cena nos incomodava, o grupo fez um trabalho de qualidade, com uma proposta diferente, mas não houve abertura. A tecnologia proporcionou a entrada de muita coisa ruim no cenário Rap, ficou muito fácil fazer música, no entanto, faltou qualidade.


Com o passar do tempo O DJ Pato e o Nego Jam montaram uma banda chamada "D. Jam" e tocaram em alguns picos de São Paulo, sempre misturando Rap. Numa dessas apresentações, Neno foi convidado para cantar “Coisas de Brasil”, outro hit nosso, creio que isso reacendeu a chama do Duck Jam.


O que nos fez voltar foi o amor pelo música. Em 2004, entre as idas e voltas do MC Neno, produzimos um CD chamado “Revolução Social Silenciosa”, que não foi lançado, poucas pessoas conhecem, o DJ Hum e o Rappin’ Hood estão entre as que ouviram esse trabalho..."

Não percam, no dia 3 de março, a íntegra da entrevista com Duck Jam no site www.bocadaforte.com.br

21 de fev. de 2009

Afrika Bambaataa cancela turnê pelo Brasil

Afrika Bambataa

Por motivos de saúde, o Afrika Bambaataa cancelou sua turnê pelo Brasil, onde tinha uma série de compromissos agendados. O DJ estava escalado para uma apresentação no Festival Rec-Beat 2009, no sábado de Carnaval (21), na primeira noite do evento, e em Salvador no domingo (22).


O artista, que não pode embarcar para o país, encontra-se hospitalizado com problemas cardiovasculares e respiratório. Com um email enviado à produção local, Afrika Bambaata se desculpa pelo imprevisto e explica que tentou ao máximo viabilizar mais esta vinda ao País.


Leia o e-mail enviado por Bambataa:


"Que a paz esteja com vocês,


É com pesar que comunico que devido a sérios problemas respiratórios a turnê no Brasil teve que ser cancelada. Passar longas horas dentro de um avião, entre outras coisas, só iria agravar meus problemas. Eu sinto muito porque estava tentando fazer tudo que podia e apelando para a Força Suprema para melhorar o mais rápido possível e voltar ao Brasil, mas a Força Suprema e o Universo sabiamente dizem que preciso cuidar da minha saúde e até então todas as viagens serão canceladas. Sinto muito por qualquer problema que posso ter causado, mas saúde é prioridade. Estarei falando com todos envolvidos hoje.

Paz e Respeito,


"Afrika Bambaata"


Via: JC Online

19 de fev. de 2009

DEXTER - O exiliado do Rap abre o jogo

Dexter
DJ Cortecertu entrevista Dexter
Dexter
Com a palvra: Dexter

As penitenciárias sempre foram consideradas depósitos de gente. Apesar do discurso de recuperação do preso, a punição e o afastamento sempre foi prioridade do Estado e aceito sem questionamento por grande parte da sociedade. Sendo assim, tudo que ocorre do lado de dentro das muralhas tem que ser ocultado. Quanto menos se sabe da vida do presidiário, mais fácil será sua dominação. O cotidiano carcerário, nas relações entre detentos e funcionários que não têm noção do que é cidadania, acaba por causar abusos e crimes num espaço longe das câmeras de TV. Somente rebeliões e massacres chegam aos ouvidos de grande parte da sociedade.


O sofrimento da família, as estratégias de sobrevivência dos presos em meio a formação de facções e a corrupção policial, para que esse sistema apodrecido funcione, precisam ser omitidos. O Rap nacional deu voz ao preso e, através do trabalho de artistas como Dexter, muitos jovens passaram a conhecer o que por muito tempo ficou escondido. Outro estilo musical poderia fazer algo semelhante? Creio que sim, mas não com a mesma intensidade.


No dia 4 de janeiro de 2009, num domingo ensolarado, Dexter, em período de indulto ("saidinha"), concedeu entrevista ao Bocada Forte durante almoço com amigos e a família, no bairro da Casa Verde.


Trajetória e música

"Até agora eu me sinto um vencedor, mas eu tenho mais planos. Me considero um cara batalhador, perseverante, sou lutador, um guerreiro. Gravei 3 CDs, me mantive vivo na prisão, parei de usar droga lá dentro, graças a Deus. Conheci minha esposa, essa mulher maravilhosa que me acompanha há quase 7 anos. Se for olhar as coisas dessa forma, sou um cara vitorioso, mas eu entendo que tenho muita coisa pra conquistar. É bom saber que mesmo de lá de dentro da prisão, a gente conquistou o respeito da rapaziada com as músicas e tal. Minha música é isso mesmo, falar de sofrimento e da realidade, não consigo fazer ficção. Preciso falar a realidade mesmo, acho que é assim que a gente convence."

veja na integra: www.bocadaforte.com.br

17 de fev. de 2009

A COOPERIFA APRESENTA : CINEMA NA LAJE


COOPERIFA LANÇA PROJETO "CINEMA NA LAJE"
.
A partir de março, a periferia de São Paulo vai ganhar uma sala de cinema ao ar livre, e na primeira e terceira segunda-feira do mês, a laje do Zé batidão, onde acontece há sete anos, o tradicional sarau da Cooperifa, vai virar o cinema Paradiso da Zona Sul paulistana.

O Cinema na laje vai ser um espaço alternativo para exibição de filmes e documentários de todas as partes do Brasil e do mundo. E criado principalmente para dar vazão ao cinema produzido por jovens da região.


Além dos filmes já estão agendadas algumas mostras, debates e visitas de alunos de escolas da região (no lançamento duas salas do CIEJA foram convidadas). A Exibição dos filmes é da PACO´S PRODUÇÕES.


Para o lançamento do projeto teremos a exibição de dois documentários realizados na periferia :
"Povo lindo, povo inteligente", de Sérgio Glagliardi e Maurício Falcão e a "A Ponte", de João Wainer e Roberto T. Oliveira.


E para manter o velho charme do cinema antigo, um lanterninha foi contratado para que ninguém se perca no escurinho da laje, a entrada é franca e a pipoca é grátis.


CINEMA NA LAJE


Dia 02 de março 20hs


Cooperifa
Bar do Zé batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana
Zona Sul - São Paulo
12o lugares

Infs. 11 - 72074748
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Rap no Carnaval da Bahia... Pode?

OQuadro
Claro que sim, e a prova disso é o Bahia Sound System, projeto aprovado através de edital público pela Secretária de Cultura do Estado da Bahia, que visa oferecer a população baiana e turistas opções alternativas nos principais circuitos da folia.

O maior Sound System do mundo sairá na sexta-feira (20/02/2009) às 20h e será comandado pelo grupo OQuadro (foto), MC Daganja e a equipe de som do Ministereo_Público.


Mas não para por aí. O "pai do Hip-Hop" Afrika Bambaataa se apresentará nos dias 22 e 23 (segunda e terça-feira de carnaval), na Praça Tereza Batista e em um camarote na Barra.


[+] Mais informações sobre Bambaataa no Brasil

Fonte: Dosol.com.br



11 de fev. de 2009

Rappin Hood é destaque na revista Cultura Hip-Hop

Revista Cultura Hip-Hop

Já está nas bancas de todo o país a quarta edição da revista Cultura Hip Hop.

Em destaque, Rappin Hood concede entrevista exclusiva e fala sobre o programa Manos e Minas, que ele apresenta na TV Cultura.

Além disso, temos Ndee Naldinho falando dos seus 20 anos de carreira, e mais: polêmica sobre a pichação na Bienal; entrevista com Ken Swift, direto de Nova York e reportagens sobre street ball e skate.

[+] Clique e leia a versão on-line da revista

Fonte: Cultura Hip-Hop

9 de fev. de 2009

Lei obrigará DJs a terem registro na Delegacia Regional do Trabalho

Lei obrigará DJs a terem registro na D.R.T.

Djs terão registro no MT

"De acordo com o jornal Folha Online, o projeto de lei que propõe a regulamentação da profissão do DJ vem causando polêmica. De autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP), o projeto é composto por dezenas de artigos. Entre os pontos que têm motivado controvérsia entre profissionais do setor estão:

1) o que condiciona o exercício da atividade de DJ a um registro prévio na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho (art. 4º e 5º);
2) o que determina ao profissional a apresentação de diploma de curso profissionalizante reconhecido pelo MEC ou pelo sindicato da categoria, além de um atestado de capacitação profissional fornecido pelo sindicato (art. 6º);
3) o que prevê a participação de 70% de DJs nacionais quando um evento escalar um DJ estrangeiro (art. 25º)."

A notícia foi veiculada no Jornal Folha Online e reproduzida no site Cultura Hip-Hop. O assunto vêm causando alvoroço no meio artístico e, apesar da lei ir ao encontro do que procuram os DJs - o reconhecimento profissional - alguns itens ainda são muito polêmicos.

[+] Leia a notícia publicada na Folha Online
[+] Clique aqui e leia a notícia no site Cultura Hip-Hop

7 de fev. de 2009

RPB FESTIVAL AGITA A CENA DO RAP NO BRASIL !

RPB FESTIVAL AGITA A CENA DO RAP NO BRASIL !

Chegou o maior festival de novos talentos do rap realizado no Brasil! Este é o Festival Rap Popular Brasileiro! Grupos e artistas solo de ambos os sexos e de todo País podem participar, com uma única exigência: o ineditismo. O Festival vem com o objetivo de abrir caminho para a música que dá ritmo à cultura Hip Hop, bem como dar visibilidade e oportunidade para os novos rappers que estão surgindo em todo território nacional.
Muitos sons e talentos serão revelados nos palcos do RPB nos quatro cantos do Brasil, além de revivermos o calor dos grandes festivais” – ressalta a rapper Nega Gizza , que é diretora do festival.

A Diretora do RPB Nega Gizza com o rapper MV Bill

O RPB vai rolar em todos os Estados, além de no Distrito Federal. Os melhores de cada localidade vão disputar a grande final, a ser realizada no dia 26 de julho, sob o Viaduto Negrão de Lima, em Madureira – Rio de Janeiro (RJ).
Os participantes serão avaliados pelo público e por um júri especializado, que levarão em consideração os seguintes critérios: performance de palco, música e letra. Os três primeiros colocados na final nacional receberão uma premiação em dinheiro: R$ 5 mil para o 1° colocado, R$ 3 mil para o 2° e R$ 2 mil para o 3°.
Essa é a grande oportunidade para a nova geração do rap nacional botar a cara!



Fonte:
Assessoria Rap Nacional

6 de fev. de 2009

HIP HOP DO INTERIOR SE REUNE PRA ORGANIZAR FÓRUM REGIONAL EM MAIO 2009


CONVITE PARA O HIP HOP


Vimos, por meio deste, convidar militantes do Hip Hop da sua cidade, para a reunião preparatória do Fórum Regional de Hip Hop do interior de São Paulo, que acontece na cidade de Itapetininga, dia 01 de março de 2009, com representantes das cidades da região discutindo o formato, estrutura e a programação. O Fórum Regional de Hip Hop que deve discutir as demandas, experiências e o os rumos do Movimento no interior paulista para os próximos anos e conta com a confirmação das cidades: Itapetininga, Sorocaba, Capão Bonito, Itapeva, Campinas e Rio Claro. Dessa forma, as cidades numa rede de trabalho e de comunicação, organizarão na cidade de Itapetininga com o titulo de 1º Fórum de Hip Hop do Interior Paulista. Contamos com sua presença.



01 de março 2009

A partir das 14 horas

Local: Auditório Abílio Victor

Rua 9 de Julho nº. 518

Centro próximo ao SENAC Itapetininga-SP



Contatos: (15) 3527-7611 / 9124-7611 - E-mail: sandro-mancha@hotmail.com

Afrika Bambaataa: O Arquiteto da Cultura Hip-hop revela curiosidades

Afrika Bambaataa: O Arquiteto da Cultura Hip-hop revela curiosidades acerca do Movimento que conquistou o Planeta...

Nelboy, Afrika Bambaataa e DJ TR

Ele nasceu em 19 de abril de ???? (ainda especula-se o ano de seu nascimento). É oriundo do bairro do Bronx (NY), ex-líder de uma gangue de rua denominada Black Spades e optou pela carreira de DJ como um modo de reabilitação. É também o inventor da Universal Zulu Nation, principal escola de ministração de uma filosofia vida capaz de levar às muitas gerações sem perspectivas, em todo o mundo, uma razão positiva para a conquista de seus ideais. Sua experimentação musical (o electro funk) revolucionou o Rap e influenciou o nascimento dos ritmos techno de Detroit, miami bass de Miami, o jazz mais moderno e o dance hall da Jamaica. Pode se afirmar inclusive que o funk carioca é filho bastardo, inicialmente do electro e depois do miami bass... Este é Afrika Bambaataa, um dos pais do Movimento Cultural Hip-hop! Em entrevista prestada a mim e ao meu grande irmão e rapper, Nelboy – responsável pela brilhante atuação como intérprete –, no saguão do Hotel Ibis (centro – RJ), no dia 10 de abril, véspera de sua apresentação na Fundição Progresso (Lapa – RJ), Afrika Bambaataa mostrou-se muito solícito em esclarecer dúvidas acerca do hip-hop e seu posicionamento na sociedade... Creditado ao lado das pessoas ilustres dos DJs Grand Master Flash e Kool Herc como a Trindade Divina do Hip-hop, Bambaataa percorre o planeta em turnês como DJ, mas também com o compromisso de levar através do hip-hop aquilo que a Zulu Nation mais presa: “Paz, Unidade, Amor e Diversão”...


DJ TR e Nelboy Dastha Burtha.

Zulu Nation Brasil

A origem do Rap possui uma relação direta com as raízes africanas?


Afrika Bambaataa

Com certeza, o Rap tem sua matriz na África! Desde o início das civilizações, o rap é extraído das expressões culturais de inúmeras tribos africanas, através do jogo de palavras e da preservação oral dos GRIOTS... Com os africanos, no século passado, vindos para a América com escravidão, esse rap já podia ser encontrado e mais tarde nas influências de artistas como Sly Family Stones – já no primeiro disco deles –, nos Watts Prophets (da Califórnia), nos Last Poets, e em estilos musicais criados pelos pretos americanos como o jazz be-bop e o country –, que preservavam nas suas músicas as percussões africanas. Até então nenhum desses artistas havia denominado essa performance vocal com o nome de Rap; só depois de nós – eu, Grand Master Flash e Kool Herc – termos fundado a Cultura Hip-hop, é que o rap se tornou um ritmo conhecido em todo o planeta.


ZNBr

Uma pergunta que não quer se calar: há alguma diferença entre os elementos “MC” e “Rapper”?


Bambaataa

Na verdade são similares, mas não são iguais. Para muitos que não conhecem o valor que têm a sigla, “M.C”. – que é o Mestre, o Último Nível, o Conhecimento pleno do Microfone na Mão, ou seja, o Mestre naquilo que faz! – ambos os termos podem ser sinônimos. O MC pode animar a platéia, apresentar, rimar, fazer curadoria... É infinita a capacidade de performance do MC! Já o Rapper não precisa ter todas as facetas multifuncionais do MC. Qualquer um pode ser rapper, pode fazer rap, pode gravar rap, ter uma carreira de rapper. Na verdade, existem mais Rappers do que MCs, no real sentido que a palavra “MC” tem.


ZNBr

Muitos alegam que os esportes de ação (skate, street ball, biciross, etc...) sãos elementos do hip-hop. Isto procede?


Bambaataa

Quando criamos a cultura hip-hop, só elegemos cinco elementos: MC, DJ, B. boy, Graffiti e por último o Conhecimento. Na verdade gostaria de fazer uma errata, quando anunciamos inocentemente o Conhecimento como quinto elemento, pois o conhecimento foi de fato o primeiro elemento da cultura, pois ele nos deu base para criar e desenvolver a Universal Zulu Nation e os outros quatro elementos. Como estava dizendo, só elegemos cinco elementos do hip-hop, mas por ser uma cultura que começou na rua, outras expressões de rua se identificaram com a nossa cultura e nos abraçaram, então são manifestações que se aliaram a cultura como o beat box, a moda urbana (roupas, cabelos e suvenires, etc...), o street ball, o skate e outros mais que se identificaram, por livre e espontânea vontade e passaram a se sentir parte dele.


ZNBr

Podemos afirmar que todos os estilos de Rap estão ligados à proposta do Hip-hop?


Bambaataa

Não! Existem inúmeros estilos e cada pessoa faz aquilo que a convém. Isso é muito particular, é o livre arbítrio. Você pode fazer rap gangsta, rap político, rap falando de dinheiro, rap consciente pedindo a paz ou falando de guerra... Cada um tem a sua necessidade de se expressar... Pode também fazer um rap romântico tipo Barry White , ou Isaac Hayes...


ZNBr

Mas eles não rimavam...! (?!)


Bambaataa

As pessoas desconhecem parte importante da história da música Rap: no início, quando o criamos, nós não tínhamos como meta só rimar e sim contar nossas vivências em forma de poesia aliada ao ritmo, e na poesia você é livre. Não é obrigatório rimar... MAS PARA FRENTE É QUE OS GRUPOS COMEÇARAM A MOLDAR AS SUAS LETRAS com mais rimas.


ZNBr

Sexismo, Machismo, Homofobismo, Apologia às drogas e ao crime. Estas são algumas das formas que a Mídia mundial tem retratado a Cultura Hip-hop através do Rap, especificamente. Como o Afrika Bambaataa observa esta atitude da Mídia?


Bambaataa

Nós temos que combater a forma errada que a mídia nos apresenta o hip-hop. E só conseguiremos isso indo às TVs, rádios, jornais e revistas para passarmos o que é a verdadeira Cultura Hip-hop. Temos de combater também os DJs que massificam nas rádios aquilo que eles dizem ser hip-hop. Aqui no Brasil, por exemplo, quando ouço rádio, só toca rap americano... O DJ tem que saber combinar o Rap da Nova Escola com o da Velha Escola; saber colocar as músicas dos artistas locais; ser mais plural ao tocar e não fazer aquela mesma seqüência e repertório que está habituado só por que a rádio pediu! Assim esse DJ não está sendo verdadeiro com a Cultura Hip-hop... Não está representando a real Cultura Hip-hop.


ZNBr

Para que um indivíduo seja autenticamente um membro do Movimento Hip-hop, é necessário que ele esteja afiliado à Universal Zulu Nation?


Bambaataa

NÃO! A Universal Zulu Nation é para as pessoas que Movimentam a Cultura e primam pela propagação do valor e da autenticidade da Cultura Hip-hop. Já a Cultura Hip-hop é expressão cultural, é para todo mundo que quiser fazer parte e, de alguma maneira, se identificar com ela.


ZNBr

Um conselho a todos os Hip-hoppers Brasileiros...


Bambaataa

Organizem-se, Unam-se, Lutem pelo nosso Povo! Lutem pelos os que estão nas favelas! Ajudem a construir o orgulho desse Povo com campanhas sérias! Usem o hip-hop como ferramenta de socialização e não esperem que o Governo tome as rédeas da carruagem gerando alternativas que de nada beneficiarão por completo o nosso Povo... Arregacem as mangas e trabalhem de fato! Em todo o mundo, quando se fala de Brasil, todos querem conhecer como é o modo de vida do nosso Povo... O hip-hop precisa ajudar a melhorar as Comunidades... Sejam Empreendedores e saibam investir verdadeiramente em nossas Comunidades!

3 de fev. de 2009

E se Obama fosse africano...ou brasileiro?

Barack Obama

A escritora Heloisa Pires Lima, no site Casa das Áfricas, a partir de um artigo do escritor Mia Couto, desenvolve um excelente texto sobre a realidade racial brasileira:

"E então me chega às mãos um texto de um escritor moçambicano, Mia Couto, intitulado: " E se Obama fosse africano?". O panorama que o meu colega aponta, retoma uma crítica severa aos governos totalitários, vigorosos, indubitavelmente, no continente do autor. Li e reli até identificar no mote de idéias que relaciona o eleito Obama e a África algo que me incomodou."


Leia a íntegra do texto de Heloisa Pires Lima

Acesse o artigo do escritor moçambicano Mia Couto

Leia a coluna de Gilponês sobre O Efeito Obama



www.bocadaforte.com.br

2 de fev. de 2009

Bienal Afro-Brasileira do Livro será lançada em Salvador


Bienal Afro-Brasileira do Livro será lançada em Salvador

Acontece no dia 07 de fevereiro (sábado), às 10h, na Câmara Municipal de Salvador – Pça. Tomé de Souza, o lançamento da Bienal Afro-Brasileira do Livro - Educar para a Diversidade. O evento traz à tona, com grande ênfase, a cultura afro-brasileira situando, além do foco nas produções literárias independentes, produções literárias do mercado editorial com prioridade no corte racial e outras manifestações culturais resultantes da trajetória de resistência dos afro-descendentes.

Durante a Bienal, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia – SEC, faz lançamento do edital para seleção publica de material didático em Historia e Cultura Africana e Afro-brasileira e Educação das Relações Étnico Raciais para professores e alunos da rede estadual de educação. A programação do evento conta com: Colóquio Intelectual, mesas temáticas, exposição de artes plásticas e livros temáticos.

CONCEITO - Foi compreendendo que é necessário valorizar, sem disfarces, a luta e a história do povo negro na formação da identidade e cultura da sociedade brasileira que a Bienal Afro chega à conclusão que contribuir para ajudar a minimizar a desigualdade racial não é apenas resolver seus aspectos puramente econômicos, plasmar leis, mas é também educar a família, a comunidade, o professor e, nessa educação, reconstruir a educação nos parâmetros edificados pelos seus principais protagonistas.

Para que a pessoa, indistintamente, não seja só um ente social, mas que seja também capaz de viver, difundir e contribuir para o desenvolvimento da cidadania plena, esse caminho é, portanto, a preparação das novas gerações para a vida em sociedade plenamente democrática, justa e conhecedora da sua formação histórica, e, consequentemente transformadora, para que, de fato, sejamos gigantes pela própria natureza humana, rica em sabedoria.

A Bienal Afro-Brasileira vem de encontro às políticas públicas que visam o combate à discriminação racial, à igualdade de oportunidades e às reparações.

“A história é um processo, prossegue, e todos nós, conscientes ou inconscientemente, por atos ou omissões, participamos dela”.

OBJETIVOS

- Dar visibilidade às produções independentes, cujos conteúdos editoriais valorizem a História da África e a Cultura Afro-Brasileira, aproximando-os do mercado editorial e/ou auxiliando-os na criação de Cooperativa Editorial para concretizar as suas produções literárias.

- Oferecer essas produções aos Educadores de todos os níveis, cada um ao seu turno, para suprir a ausência de material didático para ser difundido nas salas de aula.

- Auxiliar as instituições de ensino na construção da identidade étnica dos alunos, pais, funcionários e comunidade.

- Fazer a discussão e tornar visível a temática racial para o conjunto da sociedade, através das manifestações culturais resultantes da trajetória de resistência: capoeira, samba, tambor de criola, ciranda, música, congada, reisado, boi-bumbá, etc.; além dos instrumentos musicais: atabaque, agogô, caxixi, cabaça, chocalho, etc.; exibição de vídeos e filmes; culinária de origem africana de todas as regiões do Brasil; moda; beleza; exposições artísticas; exposições fotográficas; artesanato; religiosidade de matriz africana e outras intervenções culturais relacionadas ao tema do evento.

- Introduzir a comparação do sistema brasileiro de inclusão racial e social, no contexto de uma economia transacional , com outros países desenvolvidos, emergentes e subdesenvolvidos, demonstrando o impacto de diferentes ambientes culturais, político-econômicos e normativos sobre a natureza da diversidade.

Serviço

O quê? Lançamento da Bienal Afro-Brasileira do Livro - Educar para a Diversidade

Quando? 07 de fevereiro (sábado), a parti das 10h.

Onde? Câmara Municipal de Salvador – Pça. Tomé de Souza -

Quanto? GRATUITO

PROGRAMAÇÃO:

Manhã:

-10h, Abertura

Mesas Temáticas

- Invisibilidade do Negro na Literatura Afro-brasileira

- Impacto da lei 10.639 no combate as desigualdades

- Lançamento do edital para seleção publica de material didático em Historia e Cultura Africana e Afro-brasileira e Educação das Relações Étnico Raciais para professores e alunos da rede estadual de educação

Almoço

Tarde:

- Apresentação do Conselho Consultivo da Bienal Afro-BrasileirA do Livro

-Visitação Publica ao pôr-do-sol no Forte São Marcelo

-Show intimista com artistas locais

Noite:

- Noite da Beleza Negra no Ilê Aiyê

Mais informações:

Samuel Azevedo

(71) 87090312 - aseydou@hotmail.com

Hamilton Oliveira (Dj Branco) – Assessor de Comunicação

(71) 9151-0631 – cmahiphop@hotmail.com

1 de fev. de 2009

Projeto Nossa Cara Preta


O Projeto Nossa Cara Preta é o trabalho solo do rapper Márcio Brown, que traz em suas composições, a valorização do cidadão negro e da cultura afro brasileira em nossa sociedade por meio da Cultura Hip Hop.


O Projeto Nossa Cara Preta, será feito um CD, que está em fase de produção e previsto para ser lançado no final de 2009. Com participações especiais de cantores e produtores das mais variadas influências musicais.


O show Nossa Cara Preta tem o formato que pode ser apresentado em escolas, workshops e variados eventos, e contém B. Boys, Graffiti, DJs e Exposições de materiais icnográficos que mostra as influências da cultura Hip Hop seja no palco ou em rodas de bate papo.

Contatos para Shows e palestras com Márcio Brown - Bailes e Eventos com Negro Shows Produções (15) 3017-2799 – 9128-1534 www.myspace.com/marciobrown email: marciobrown89@gmail.com