28 de mar. de 2010

Luto: Rapper Speedfreaks é encontrado morto em Niterói, Rio de Janeiro


Foi sepultado na tarde deste sábado (27) o corpo do rapper Cláudio Márcio de Souza Santos, de 37 anos, mais conhecido como Speed, no Cemitério de Maruí, no Barreto, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.

Ele foi encontrado morto na madrugada de sexta (26), no bairro de São Lourenço, também em Niterói. A polícia ainda investiga as circunstâncias do crime.


Familiares do músico, muito abalados, não quiseram comentar o caso. B Negão e Gustavo Black Alien, entre outros amigos de Speed, estiveram no velório.


“Eu era comissário de bordo, larguei meu emprego, há 17 anos, para viver da música por causa dele (o Speed). Eu estava aprendendo música com ele, que sempre me ensinou”, disse, emocionado, o rapper Black Alien, ex-integrante do Planet Hemp.

Marcelo D2 lamentou a morte de Speed


Show cancelado


O amigo e também músico Tigrão contou que ele e Speed tinham um show marcado para a noite deste sábado na boate Fosfobox, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. De acordo com Tigrão, o show foi cancelado.


Tigrão foi uma das últimas pessoas a estarem com Speed. Ele contou que os dois estavam na Cantareira, em São Domingos, em Niterói, na noite de quinta-feira (25). Já de madrugada, às 2h de sexta (26), Tigrão decidiu ir embora, mas Speed continuou no local. Depois disso, o amigo só foi saber notícias do rapper neste sábado.

“A gente suspeita que foram os traficantes que mataram, porque confundiram ele com a polícia. Foi uma covardia”, desabafou Tigrão, que também era vizinho de Speed.


Dj Castro, outro aprendiz do rapper morto, chorou ao falar do amigo. “Vou sentir muita falta desse cara, o principal responsável pelo hip hop em Niterói. Comecei minha carreira com ele, ele tinha um talento fenomenal, um coração enorme. É uma perda infinita”, lamentou.


O também músico e DJ Gilbert Silva estava inconformado. “Ele era super bem-humorado, inteligente, é tudo muito esquisito”, disse ele.

Via. G1

23 de mar. de 2010

CELUB LANÇA ACERVO DIGITAL DE CULTURA NEGRA EM ALTO ESTILO


O projeto é uma realização do Celub (Centro de Cultura Urbana) e tem o patrocínio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro.

O lançamento oficial do site do acervo www.cultne.com.br está marcado para o dia 23 de março, com a projeção das imagens digitalizadas e palestra e debate alusivos à cultura negra no Cinema Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 – Cinelândia). Nos dias 24, 25 e 26, o ciclo de palestras e debates continua no Cinema Nosso (Rua do Resende, 80 – Lapa), com entrada gratuita. Entre as presenças confirmadas estão, além de Vik e Filó, Antônio Pitanga, Zulu Araújo (presidente da Fundação Palmares), Carmen Luz (diretora do Centro Coreográfico) e Ras Adauto (cineasta brasileiro radicado em Berlim, que criou a Enúgbarijo Comunicações com Vik). No dia 27, o evento será encerrado com a festa Usafricarib, no Estrela da Lapa (Avenida Mem de Sá 69 – Lapa), com ingressos à venda no local. A íntegra da programação está disponível no site.


Em www.cultne.com.br, é possível ver depoimentos de personalidades como Pelé, Abdias do Nascimento, Gilberto Gil, Lélia Gonzales, Paulo Moura, Ruth de Souza, Zezé Motta e Grande Otelo, além da campanha feita para o centenário da Abolição em 1988. Há imagens de Nelson Mandela; Desmond Tutu; além dos bastidores da gravação do clipe de Michael Jackson, com o Olodum, na Bahia, em 1996, registrados por Vik; e do show de James Brown no Rio de Janeiro, em 1988, exibido no programa Radial Filó, apresentado por Filó Filho, na extinta TV Rio, na década de 80.


Saiba mais

Com câmeras na mão há 30 anos, um brasileiro e uma inglesa lançam em março o projeto Cultne, o maior acervo digital de cultura negra do País

O brasileiro Filó Filho (Cor da Pele Produções) e a inglesa Vik Birkbeck (Enúgbarijo Comunicações, que significa “boca coletiva”, em iorubá) vivem com uma câmera na mão e há três décadas estão ligados à cultura negra brasileira. Com olhares diferentes sobre um mesmo foco, os dois estão digitalizando todo o seu acervo e colocando no site www.cultne.com.br. Serão cerca de mil horas de imagens, gravadas originalmente em VHS e disponíveis na Internet para visualização e download.

22 de mar. de 2010

Oficina de DJ para Mulheres

Hip Hop de Salto - Crew só de DJeias


Já foi a época de reclamar do espaço restrito da mulher no hip hop. O fazer é muito mais importante e é esse o lema que a Applebum, crew formada por cinco DJeias paulistanas, escreveu em sua bandeira.


Prova disso é o Hip Hop de Salto, projeto aprovado pelo Fundo Elas, um misto de oficina, workshop e apresentação, que envolve não só o rap, mas também os outros elementos da cultura hip hop.


As ações começam em março, com a série de oficinas ministradas pelas próprias DJs. Em três meses, as alunas inscritas serão divididas em grupos e terão uma aula por semana na e-djs. As futuras DJeias aprendem técnicas de mixagem e de turntablism – a arte de manipular sons com vinis –, e treinam para uma apresentação em um dos workshops organizados pela crew.


Para se inscrever, envie nome completo, telefone e o motivo pelo qual gostaria de fazer parte das oficinas do Hip Hop de Salto para o e-mail hiphopdesalto@gmail.com. Aguarde uma resposta da equipe confirmando sua participação. Boa sorte!

21 de mar. de 2010

Um adeus a Rainha do Rap


Um Adeus à Rainha do Rap

Data: 20/03/2010

Capa por Alexandre De Maio
Capa de seu último disco

Morre Dina Di, grande guerreira do Hip-Hop brasileiro

Com uma vida nada fácil, ela foi a primeira a esmurrar a porta do barraco brasileiro e anunciar as mulheres no Rap. Uma mina de fato, como poucas dentro do Hip-Hop. A atitude e a força na voz a fazem a "Rainha do Rap", eternizada mesmo após a confirmação da sua morte às 23h 30min de sexta-feira (19). Vítima de uma infecção hospitalar após o parto da filha no último dia 2 de março, Dina Di deixou o mundo que nem sempre lhe foi o melhor lugar e partiu. No legado ela deixa o estilo e a rima na ponta da língua.



Tinha o rapper na carne e transformava as feridas arrombadas em letras. Dos CDs gravados, ficou conhecida após se apresentar como "a noiva de chuck" e o casamento só aconteceu há pouco tempo. Conheceu o Hip-Hop aos 16 anos e escondida em roupas largas e bonés, apresentou as primeiras rimas, sempre defedendo o universo feminina. Morreu após dar a luz, na maior representação feminina que existe, o parto e o nascimento de um filho. Por ser conhecida, tem a história divulgada. Vítima de mais um sistema de saúde falido no nosso país. Com a visão que tinha da rua, montou um grupo de mesmo nome e gravou três CDs que ganharam os guetos rapidamente. Entre as vozes femininas do Rap, Dina Di foi quem mais levantou a bandeira do movimento.


Vítima do próprio sistema que tenta combater, viveu uma vida literalmente à margem da sociedade. Não teve tempo de amamentar a filha como deveria e nem de vê-la crescer. Deixou mais uma, entre as milhares do Brasil, criança sem mãe neste país que não é pátria. Mesmo sendo quase invisível no sistema que o Hip-Hop combate, ela foi uma denúncia andante, conceituou o Rap na carne. Sempre teve medo de descer do palco e ver a Dina Di morrer. Antes de ir para o hospital, estava agendando shows por todo o Brasil. Não deu tempo de visitar Poços de Caldas.


Antes de se tornar conhecida, perdeu as contas de quantas vezes passou pela Febem desde que fugir de casa, aos 13 anos. O pai de Dina Di era mestre de obras e morreu engasgado com um pedaço de carne num boteco, na periferia. A mãe dela era camelô e foi assassinada dentro de casa, uma morte lenta e dolorosa, ela foi asfixiada com um pedaço de pano que lhe enfiaram na garganta, enquanto estava amarrada com os fios do varal de roupas. Mas, nada disso a impediu de escrever com as vísceras e alma, relatando todas as dores que a perfuram.



Certa vez uma reportagem foi finalizada com a seguinte frase: "(...) diante de milhares de sobras humanas com voz e com raiva, Dina Di e os seus têm chance de não morrer no beco". Que pena que o otimismo não foi o suficiente. Ela morreu antes da hora. Se foi antes do tempo. Não ensinou tudo que podia e nem cantou tudo que queria. Mas, talvez nós, que acompanhamos esta trajetória e sabemos das dores de sermos tachados de trapos humanos consigamos melhorar um pouco a nossa periferia, a nossa volta e não percamos mais mulheres para a saúde falida do nosso país.


Guerreira, vai com Deus, vai em paz! Hoje o Hip-Hop chora: paz, amor, diversão e união a todos irmãos que compartilham a mesma dor desta perda horrível! Rainha, tá doendo muito, viu!


A FAMÍLIA HIP-HOP BRASILEIRA PRESTA SUA HOMENAGEM

"Essa notícia foi um baque e deixou meu sábado muito triste. Dina Di foi uma grande representante do rap feminino e brasileiro. Uma guerreira muito importante, que fez as mulheres ganharem mais respeito na cena. Com a perda dela, todos nós perdemos um pouco da nossa força. Espero que, agora, ela consiga a paz que todos nós procuramos."
(Thaide)



"Hoje, o rap se cala em homenagem a você, guerreira, mulher brasileira, que sempre teve compromisso com a música e com a verdade. Contava em suas letras, de uma maneira franca e direta, a dura rotina que levava, representando em seus versos e rimas milhares e milhares de mulheres. E, tragicamente, morreu no auge do Ser mulher, após dar à luz uma vida. Todo meu sentimento e que Deus possa confortar essa família, em especial à pequena Aline."
(Negra Li)



"Muita tristeza em receber essa notícia, infelizmente não perdemos só uma amiga, e sim um grande mulher, uma guerreira e mãe lutadora. Na minha opinião uma das maiores MCs do Brasil. Força para a família, para os amigos e todos os fãs. Deus sabe de tudo."
(Biofa - Parábola)



"Dina Di foi uma pessoa muito batalhadora, mãe dedicada e muito talentosa no rap. Viveu uma realidade difícil e venceu. Uma pessoa maravilhosa e de muito carisma. Tive a honra de conhecê-la e participar de eventos junto com ela, que abriu portas para outras mulheres no Hip-Hop. Desejo muita força à família dela. Fica o exemplo de uma guerreira que sempre segurou a onda."
(Nelson Triunfo)



"Dina Di foi a primeira mulher que eu ouvi a fazer rimas realmente pesadas, teve uma vida de filme, com muita angústia e sofrimento. Tive oportunidade de conhecê-la, foi uma artista que não colheu os frutos do rap na minha opinião, a infecção hospitalar é um dos retratos das mazelas na saúde brasileira. Respeito máximo pro Visão de rua."
(Beve - Irmandade Negra)



"Triste demais! Dina Di: mulher, irmã, mãe e grande artista. O Hip-Hop perde muito e o Brasil, mais ainda! Esteja em um bom lugar, amiga!"
(GOG, via Twitter)



"Conheci a Viviane há 17 anos. Foi amiga, parceira, e demos muitas risadas na vida. Com certeza ela irá deixar muitas saudades. Peço a Deus que tenha muito cuidado com ela. Uma grande mãe, mulher e irmã, assim é como vou definir esta guerreira chamada Dina Di. Agora, fica a lição de amar e respeitar quando se está perto, pois depois ficam somente as saudades."
(Japão - Viela 17)



"Mais uma grande perda no rap. Fiquemos felizes por ela um dia ter vindo, dito o que disse, feito o que fez. Não que isso mate a tristeza da perda, mas reforça sua grandeza. Descanse em Paz, eterna guerreira do Rap!"
(Emicida, via Twitter)



"Guerreira, pioneira, rimadora, mãe, esposa. Humana. Respeito e Paz pra Dina Di."
(Kamau)



"Dina Di foi um incentivo moral pra todas as mulheres que estão no Rap hoje levar adiante o seu sonho. Ela é a prova de que mulher também pode fazer um bom Rap, ela tem uma história de garra e muita luta, venceu vários obstáculos e sem dúvidas é e sempre será um grande ícone pra nós, tanto mulheres como também para os homens!”
(Lya - As Donnas)



"Não cheguei a conviver com a Dina Di, mas sempre fui fã dessa guerreira. Uma mulher de muita luta, fibra, que sempre foi linha de frente e nunca deixou a peteca cair. Ela foi um exemplo de poesia positiva que levou e ainda vai levar esperança para muita gente. Pena que, em vida, ela não recebeu o reconhecimento à altura do que merecia."
(Criolo Doido)



"Estou muito triste pelo falecimento de Dina Di. Que a sua força e expressão sejam herdadas pelos seus. O povo precisa de rebeldia, de revolução. Rest In Power, Dina Di!"
(DJ Laylo, via Twitter)



"Para grande parte dos MCs brasileiros, e eu me incluo nesta lista, Dina Di foi e continuará sendo uma grande influência. O Visão de Rua foi um marco no rap brasileiro, principalmente pelo pioneirismo de colocar a voz feminina na cena. Ela foi uma guerreira de muita voz ativa, que nos deixa como herança músicas muito bonitas e sentimentais."
(MC Rashid)



"Graças a Deus tive a honra e o privilégio de dividir o palco com a saudosa e eterna Dina Di em 2008, na Febarj, Lapa (Rio de Janeiro).
Vou orar pela sua alma, que com certeza neste momento está nos céus."
(Lindomar 3L, via Twitter)



"Perdemos uma grande mulher, que representou muito dentro da cultura Hip-Hop, com talento e personalidade. Dina Di deixa um grande legado pras pessoas e sempre será uma forte referência na nossa cultura. Deixo meus sentimentos aos familiares e às pessoas próximas dela. Dina Di, que Deus a tenha."
(Sombra)



"A primeira mulher que ouvi fazendo rap nacional foi a Rúbia do RPW e, na sequência, a Dina Di. Pude conhecê-la pessoalmente numa oportunidade no Rio de Janeiro, mais foi um papo rápido, em que o tempo só me permitiu dar um disco do Daganja e falar o quanto as letras delas foram importantes para minha formação no rap. Não acredito que a vida acabe com a matéria, espíritos guerreiros como o dela tendem a voltar logo. Uma pena ela não ter feito show na Bahia. Muita luz e respeito a todos."
(Blequimobiu - Versu2)



"Esta foi uma perda grande pro rap brasileiro. Como pessoa, ela foi uma guerreira que passou por várias dificuldades de cabeça erguida. É triste vermos ela partir ainda tão jovem, mas sua mensagem e sua música nunca vão morrer. Lamento muito e espero que Deus cuide dela e conforte seus familiares."
(Alessandro Buzo)



"(...)´Morreu frágil, sem implorar. Feito flor que rasteja, mas que a primavera não pode humilhar.´ Escrevi para minha mãe, mas serve para a Dina Di."
(Sérgio Vaz, via Twitter)



"Ela era não só uma voz feminina dentro do rap, mas a própria voz do rap. Uma guerreira que ajudou o rap a chegar onde está hoje e que encantou muita gente com suas letras. É muito triste perdermos uma poeta das ruas. Desejo muita força à família dela e à família que ela deixou no rap, na qual eu me incluo. Espero que ela esteja bem e, de onde estiver, sei que ela quer que o rap continue e que a gente prossiga levando o rap muito a sério, como ela sempre levou."
(DJ Marco)



"Esta foi uma grande perda pro Hip-Hop. Dina Di foi uma pessoa que contribuiu muito com a cultura de rua, que trouxe uma cara feminina com poesias contundentes, reflexivas, e opinião firme. Graças a ela, as mulheres deixaram de ser coadjuvantes no rap, porque ela foi uma protagonista, uma divisora de águas no rap brasileiro e exemplo pra muita gente. Todos do Pau-de-dá-em-doido lamentam muitíssimo. E que isso sirva de alerta para o Hip-Hop valorizar as pessoas em vida, porque, perto do que ela representou e da importância que teve, o que ela conquistou foi pouco."
(Enézimo)



"Sem sombra de dúvida, Dina Di foi a mulher que mais inspirou as meninas do Hip-Hop a seguirem não só na música, como também no engajamento político, com muita seriedade. Ela vai ser sempre a musa inspiradora de quem faz Hip-Hop de qualidade e com atitude. Esta foi uma perda terrível em um momento em que o Hip-Hop tem que se repensar. Que descanse em paz. E que seus familiares tenham força e fiquem felizes porque conviveram com uma guerreira batalhadora e iluminada, que cumpriu sua missão com muita garra e humildade."
(Markão - DMN)



"Convivi pouco com a Dina Di, mas sei que ela teve uma história de vida difícil, perdeu a mãe de forma trágica e foi uma guerreira, prosseguiu na batalha e venceu. Agora, ela faleceu ao colocar uma filha no mundo. Torço para que essa menina siga os passos da mãe, que seja guerreira como ela, que tenha a mesma determinação e consciência. Lamento muito, mas temos que pensar que a morte é ruim só para quem fica, ela faz parte da vida. Espero que a família da Dina Di seja forte neste momento e entenda que ela fez a parte dela e deve estar em um bom lugar."
(Zulu King Nino Brown - Universal Zulu Nation)



"Uma mulher que superou toda as adversidades da vida. Mesmo com problemas, sempre se mostrou competente com o trampo e estava feliz em ser mãe. Calaram o grito de uma grande guerreira."
(Edd Wheeler)



"Quando eu ouvi falar de Hip-Hop, eu ouvi Dina Di. Achava incrível como uma mulher estava no mesmo nível de equidade que os homens dentro da cultura, com presença e respeito de homens e mulheres, admirei de primeira e foi essa postura que abriu caminho para outras rapperes entrarem nesta cena com respeito. Mulher de raça que amou o Hip-Hop como amou a sua própria vida. Ficamos mas próximas há um ano e comprovei o quão guerreira, verdadeira e extraordinária Dina Di foi e continuará sendo. Eu aqui no Rio de Janeiro, juntamente com todas as outras mulheres guerreiras do Brasil manteremos a memória e o trabalho da Dina Di vivos. E como a Dina gostava de pontuar: É hora de Avançar... Dina Di na Ativa!"
(Re.fem)



"Conheci a Dina Di pessoalmente em 2003. Apesar de estar sempre com a cara fechada em seus sons e videos, ela era uma mulher de bom coração. Em novembro, no Hutuz 2009, foi a última vez que conversei com ela, as expectativas dela para o 2010 eram as melhores possíveis. Infelizmente ela se foi, infelizmente pessoas de bom coração sempre se vão bem cedo. Deixou para todos o seu legado, suas músicas e mostrou que mesmo entre pedras, lama, cascalho, sempre é possível o nascimento de uma flor. Desejo Luz para esta passagem dela e inteligência para as pessoas que ficaram e estarão conduzindo a vida dos menores que ela deixou. Oracões são sempre bem vindas neste momento."
(B.Dog - Rapevolusom)

"Dina Di não foi a primeria mulher a cantar Rap, mas com certeza foi a que mais se destacou. Rompeu barreiras, como mulher, com a música e mostrou para toda uma geração do Rap que uma mulher pode fazer o que imaginar. Teve um vida que daria um filme e foi uma das artistas mais autênticas que conheci. Escrevendo uma letra de Rap, foi um dos maiores talentos que já vi. Apesar da sua habilidade para outros ritmos musicais, sempre apostou e insistiu no Rap. Um exemplo de luta e de um trabalho bem feito, que, infelizmente, se foi quando sua vida finalmente tinha se tornado mais tranquila. Fazer letras como a Viviane é para poucos, sejam homens ou mulheres. Uma perda incomparável para o Rap. Descanse em paz, depois de uma vida de muitas tristezas. Força e Luz para o Thock e sua familia."
(Alexandre de Maio)



Discografia:

Coletâneas

Made In Brazil - Vol. 2 - Visão de Rua - "Confidências de Uma presidiária" (single) - 1995
KL Jay na Batida Vol.2 - "Mente Engatilhada" (single) - 2000
Microfone Aberto - "Dormindo Com o Agressor" (single) - 2004
Mulheres Guerreiras - "Eles Falam de Paz" (single) - 2008


Álbuns
Visão de Rua - Periferia é o Alvo - 1996
Herança do Vício - 1998)
Ruas de Sangue - 2001
A Noiva do Tchok - 2003
O Poder nas Mãos - 2008

fonte http://www.mulheresnohiphop.com.br/


DESCANSE EM PAZ DINA DI


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O Rap Nacional esta de LUTOperdemos uma Grande Guerreira Dina Di (Viviane), faleceu nessa madrugada dia 20.


Dina Di deu a luz a uma linda menina Aline no ultimo dia 02/03, e permaneceu internada por causa de uma infecção hospitalar, e nessa madrugada a triste noticia que pegou a todos nós de surpresa que a Rainhado Rap, havia falecido devido a uma infecção generalizada.


O enterro ocorreu na tarde de sábado às 17h no cemitério da Vila Formosa em SP, teve a presença de vários amigos e familiares, em um clima de total emoção.


Dina Di entrou para o cenário do Rap em 1995 com sua primeira musica de trabalho “Confidencias de uma Presidiária”. Esse foi o começo de uma grande trajetória dentro do Rap Nacional.


Sempre com letras fortes, representando o Rap Feminino, batendo de frente, enfrentando as dificuldades e se consolidando, conquistando seu espaço, com muita postura e proceder.


O publico do Rap que cantou grandes sucessos como “Marcas da Adolescência”, “Meus Filhos Minhas Regras” “Irmã de Cela”, “Noiva de Truck”, ”Corpo em Evidência” entre outros, hoje chora a perca de Dina Di.


A guerreira não esta, mas presente entre nós, mas se eternizou para sempre, suas musicas, sua voz inconfundível.

Agora ela canta “em um bom lugar”.


Que Deus conforte o coração de seus familiares.

Descanse em PAZ e o Rap agradece tudo o que você deixou plantado para sempre na história


18 de mar. de 2010

Sneak: Rapper Português é morto pela policia.


O rapper Sneak morreu, na madrugada (Dom – Seg), depois de ser baleado por um agente da PSP, em Lisboa, na Travessa S. Domingos de Benfica. Este foi um trágico final para uma perseguição policial que se iniciou depois que o rapper não obedeceu a ordem de parar o veículo em uma operção STOP.

Entre 4:30 e 05h00 da manha, um agente que era lotado no batalhão da 4ª divisão (Calvário) do Comando Metropolitano de Lisboa, efetuou dois disparos para o ar e um na direção dos pneus do carro, tendo esta última bala perfurado a lataria do veículo e atingido fatalmente o rapper pelas costas.

Fonte do INEM disseram que receberam a primeira chamada às 4h46 da madrugada e que às 4h54m a vítima já estava com parada cardio-respiratória, tendo sido aplicadas técnicas de reanimação sem sucesso.

As primeiras informações policiais dão conta que o rapper viajava sozinho. Não ficou claro se os agentes foram ameaçados ou se havia algum perigo para terceiros e nem os motivos para o rapper não ter parado o veículo. Ao que tudo indica o jovem teria algum objeto que pode ter induzido os agentes em erro, adiantou a mesma fonte.


O incidente está sendo investigado internamente na PSP e pela seção de homicídios da Polícia Judiciária. O agente foi ouvido nas instalações da PJ e liberado.


De acorco com o canal tvi24.pt Sneak deixa uma filha de dois anos e já teria cumprido quatro anos de prisão por tráfico de droga.


Uma trágica perda para o HipHip Português.

O Rapevolusom.com envia condolências aos familiares e amigos do rapper Sneak.

B.DoG

Confira o Vídeo – SAM THE KID – NEGOCIANTES ft SNAKE E SP





fonte www.rapevolusom.com

GOG muito APLAUDIDO na 2° CNC


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GOG muito APLAUDIDO na 2° Conferência Nacional de Cultura

No mesmo mês que o Poeta do Hip-Hop completa seus quarenta e cinco anos de maturidade, de correria pelo certo e de luta pela revolução e contra as elites opressoras, ele teve uma participação considerável na 2° Conferência Nacional de Cultura, sendo convidado pelo excelentíssimo Ministro Juca Ferreira e pelo secretário executivo Alfredo Manevy, para ocupar uma cadeira de notório saber no Conselho Nacional de Política Cultural. GOG aceitou o convite, condicionando-o, a abertura das negociações para a criação de uma cadeira de hip hop no Conselho, o que será um marco nas políticas publicas para o movimento.

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Na abertura da CNC, teve um discurso muito aplaudido e uma fala redundante de valorização da cultura livre e justa, da flexibilização do direito autoral. Falou também da questão racial e da necessidade de uma reparação histórica. Para encerrar a Conferência, GOG e a Banda MPB Black levantaram os presentes com sucessos do show Cartão Postal Bomba! deixando todos(as) cheios(as) de orgulho e se sentindo representados(as) dentro do Ministério da Cultura!

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Texto: PESO – Periferia Soberana

Fotos:Pedro França/MinC

17 de mar. de 2010

"Dê sua idéia, debata!", exibição do documentário de Viviane Ferreira no Rio

O Projeto Cinemativa retoma as atividades no ano de 2010 com o filme "Dê sua idéia, debata!", com direção de Viviane Ferreira. O documentário apresenta opiniões diversas acerca de temas como Afrocêntrismo, Diáspora Africana e Classificação Racial. As entrevistas foram feitas na semana do 20 de novembro de 2007 nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, em contextos que de alguma maneira interagiam com o debate racial: Marcha da Consciência Negra na Avenida Paulista, Missa Conga e a Homenagem a Zumbi na Praça da Sé e o Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo; I Encontro de Cinema Negro Brasil/África, com lançamento do Centro Afro Carioca de Cinema no Rio de Janeiro. Zezé Motta, Zózimo Bulbul, Nilton Adwarca, Monser Sora, Zezé de Gamboa, Carmen Luz, Eliane Costa, Elcimar Pereira, Chingalena Ferrerira e Latoya Guimarães, entre outros, são entrevistados no filme.


O evento visa uma reflexão aos dias 14 de março - Dia do Ativista - e 21 de março - Dia Internacional Contra a Discriminação Racial - terá entrada franca e será realizado no SESC Madureira, no Rio de Janeiro.


[+] Clique aqui para mais informações sobre o evento


Festival das Resistências e Arrastão Latino de Rádios Livres

divulgação
divulgação

Aconteceu neste sábado, dia 13, na Cidade do México, o Festival das Resistências, em que 12 bandas e músicos ajudaram a reunir 10 mil e 400 pessoas contra a criminalização dos movimentos sociais e para fortalecer e dar visibilidade a 9 movimentos indígenas, camponeses e de trabalhadores: o Consejo Autónomo Regional de la Zona Costa de Chiapas, Consejo de Ejidos y Comunidades Opositores a la Presa La Parota, Consejo Indígena Popular de Oaxaca Ricardo Flores Magón, Coordinadora Regional de Autoridades Comunitarias - Policía Comunitaria, Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra de San Salvador Atenco, Frente Popular Francisco Villa Independiente - UNOPPI, Radio Ñomndaa, SME, e as Viudas de Pasta de Conchos.


Ao mesmo tempo, rádios livres e comunitárias de pelo menos quatro países (México, Colômbia,Brasil e Argentina) interligaram suas programações ao Festival e entre si, trocando conteúdos e retransmitindo pela internet e em ondas eletromagnéticas. No Brasil o "arrastão" contou com a rádio livre da Universidade Federal de São Carlos (SP) e, no Rio de Janeiro, a rádio Porto Área que, em sua primeira transmissão teste neste sábado, não apenas participou do Festival como realizou um encontro com rádio livreiros de vários coletivos, visando rearticular o rizoma de rádios livres na região e propor ações para o Fórum Social Urbano. No mesmo espaço houve também uma reunião do rizoma Flor da Palavra, de inspiração zapatista, que atua no sentido de facilitar a comunicação e a solidariedade entre os movimentos sociais e também com outros grupos, especialmente os de "abajo".

Fonte: CMI Brasil, Movimento Popular e Rádios Livres

16 de mar. de 2010

Lançamento de CD e site pela não violência contra as mulheres

"O Hip-Hop, especialmente nas grandes cidades, desempenha papel fundamental enquanto formador de opinião e por isso pode – e deve – ser aliado na divulgação de informações que contribuem para o exercício da cidadania. E entre os temas que se inserem na discussão da cidadania e dos direitos humanos, está a questão de gênero, que vai além do sexismo, podendo o Hip-Hop colaborar na construção de novos papéis sociais femininos e masculinos." Trecho de matéria publicada no site Overmundo, que trata do lançamento do CD "Hip-Hop Pela Não Violência Contra as Mulheres", com participações de Dudu do Morro Agudo, Slow da BF, Enraizados, dentre outros artistas.


[+] Clique aqui e leia matéria na íntegra
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3 de mar. de 2010

GOG e a TV GLOBO


GOG promove debate on line sobre Democratização dos Meios de Comunicação.


O bate papo iniciou ontem em sua comunidade oficial no Orkut, no twitter e agora nos comentários do Nossa Cara Preta e do Portal Rap Nacional . A iniciativa do debate se deu logo depois que GOG foi convidado a participar do Programa Som Brasil na TV Globo em homenagem a Adoniran Barbosa.


Na ocasião GOG não aceitou o convite e resolveu abrir a discussão para todos os interessados em expressar sua opinião. Esse é o 4° convite que GOG recebe da rede Globo e todos foram negados!


80% dos que estão participando do debate acham que GOG deve participar do programa e que esta decisão não o fará mudar seu discurso. GOG afirmou o seguinte “Não será uma decisão minha. Serei veículo do que for decidido e votado pela MAIORIA. Não é para agora essa decisão: percorrerei palcos, ruas, becos, vielas, escolas, já iniciei diálogo com ícones do movimento e estou me preparando. Daí, a importância da sua participação, divulgação e opinião, seja ela qual for, respeito todos e todas, o hip hop me ensinou isso”


Outros ícones do Rap Nacional já se propuseram a participar de programas da grande mídia, é o caso de MV Bill que já passou varias vezes por programas da Rede Globo, Rappin Hood também não hesitou quando foi convidado a comandar o programa Manos e Minas, seguem nesta linha de raciocínio nomes como MAX B.O. e até Mano Brown que a alguns anos participou do programa Roda Viva na Cultura e recentemente concedeu entrevista a revista Rolling Stones.


Não foi pelo fato de terem levado o Rap para esses canais de comunicação que esses músicos deixaram de ser quem são ou mudaram o discurso, se o espaço está aberto,então que ocupem essa lacuna pessoas que irão representar a nossa cultura sem pensar em status ou fama.


Para participar do debate e se aprofundar um pouco mais no assunto use os comentários abaixo ou se preferir, deixamos os links :


Comunidade Oficial do GOG no Orkut

http://twitter.com/GOGpoeta